Rodrigo Alves Faddoul
O tema racismo é algo que sempre está em discussão, pois mesmo vivendo em um país de maioria negra e parda o preconceito racial ainda é muito grande, mesmo com a garantia legal de que todos são iguais vemos pessoas que insistem em discriminar alguém pela cor da sua pele.
Outro tema muito importante para ser tratado é a diversidade sexual e de gênero, pois é importante que a sociedade compreenda que existem formas diferentes de se amar e que cada um é livre para amar quem quiser, e que o gênero está na mente e não no corpo.
Baseado nestas questão elaborei um breve portifólio sobre como abordar este tema no ambiente pedagógico da sala de aula:
1- Linkar estes assuntos com as matérias da grade curricular, como por exemplo na matéria de história e geografia explicar sobre a vinda dos africanos para o Brasil e demonstrar a injustiça que foi cometida contra eles nesse período, fazendo os alunos compreenderem que ninguém tem o direito de escravizar ninguém, tratar ninguém como inferior ou infringir maus-tratos e ofender alguém por conta da cor da pele. Nas aulas de sociologia, filosofia e até mesmo em história pode ser abordado o tema da diversidade sexual, levando os alunos a pensarem sobre o motivo de a sociedade em sua grande parte considera errado o amor homossexual, e também levar a pensarem sobre se é certo obrigar alguém que não se identifica com o seu sexo de nascimento a levar um fardo como esse, e se o mais correto não seria facilitar o acesso aos documentos com o nome do sexo com que a pessoa se identifique e até mesmo a cirurgia de adequação social.
2- Fazer os alunos compreenderem que o Brasil pela lei não tem etnia privilegiada, nem religião oficial e que a constituição garante a igualdade de todos perante a lei.
3- Levar os alunos a refletirem sobre quando eles são ofendidos e se eles gostam de serem ofendidos, e depois levar os mesmos a pensarem se eles devem então respeitar o seu semelhante ou se devem repetir o ciclo de ofensas que só gera ódio, mágoa e ressentimento.
4- Envolver todo o corpo docente e pedagógico em um diálogo para que não tratem de forma diferente nenhum aluno, e que eles compreendam por meio deste diálogo que a escola é um ambiente de inclusão, não de exclusão.
Resenhas e Resumos
domingo, 28 de setembro de 2014
Ensino religioso perpetua preconceitos
Apesar de ser o país com maior número de católicos no mundo, a cada dia cresce o número de evangélicos, islâmicos, espíritas, umbandistas, candomblecistas, budistas, ateus entre outras religiões no Brasil.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o Ensino Religioso é facultativo. O texto destaca que o conteúdo é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de Ensino Fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.
A intenção da LDB é impedir situações de imposição ou discriminação religiosa dentro das escolas o que, infelizmente, é mais comum do que se imagina. Um exemplo disso é o caso da jovem L. V. S., 13 anos. Ela faz o 8º ano em uma escola estadual de Aparecida de Goiânia.
A garota pertence ao Candomblé e já presenciou, dentro da instituição de ensino onde estuda, a ignorância e o preconceito religioso que ainda existe em toda a sociedade. Ela explica que, como parte de um ritual de iniciação, raspou a cabeça e passou a usar roupas brancas, colares de contas e outros adereços típicos de sua religião.
Uma das professoras do colégio questionou o visual da aluna e, apesar de sua justificativa, ela foi impiedosamente criticada pela educadora. “Ela disse que era o demônio que estava no meu corpo e começou a orar, colocando a mão na minha cabeça. Eu tentei explicar pra ela que ela não podia colocar a mão ali, que faz parte do ritual, mas ela não me ouviu, e ainda disse que ia levar meu nome para a sua igreja. Mas eu não quero nada disso. Eu só quero ser eu mesma”, lamenta a estudante.
Apesar de frequentar o terreiro de Candomblé desde pequena e de nunca esconder sua escolha, L. V. S. lida diariamente com a reação de surpresa das pessoas, especialmente quando elas ficam sabendo de sua opção religiosa. Deus limitado
A jovem conta que nas aulas de Ensino Religioso que tem na escola é comum os professores mostrarem o que é Deus, mas em uma visão bastante limitada. “Eles não citam nenhuma religião específica, mas é claro que a única visão de Deus que eles mostram é a do Cristianismo. Até porque a minha professora é evangélica, e ela quer mostrar o Deus dela”, diz.
E mesmo estando matriculada na escola há mais de cinco anos, L. V. S. conta que, em nenhum momento, pediram para ela falar sobre sua religião.
E o Candomblé, assim como outras religiões menos representativas, nunca foi citado pela professora durante as aulas. “Quase nunca falo da minha religião. Muitos não aceitam, fazem graça e distorcem tudo. Por isso nem tento explicar”, revela.
A história de L. V. S. não é um caso isolado. De acordo com Daniel Sottomaior, presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), as escolas hoje vivenciam uma supremacia do ensino religioso cristão. “O ensino religioso, da forma como é ministrado hoje, é uma aberração. Compete às famílias formar os filhos na crença da qual acreditam, e não o Estado”, critica.
Para ele, a facultatividade da disciplina é o mínimo que se pode fazer, mas o ideal era que a matéria nem existisse na grade curricular das escolas. Ele argumenta que o modelo adotado nas aulas é proselitista, o que exclui as demais crenças, como as de matrizes africanas, e também o ateísmo.
“Deveria se falar 'sobre' religião, mostrando os aspectos históricos de 'todas' elas e como surgiram. Ao contrário disso, o que vemos são os professores ensinando os alunos a rezarem uma missa. É uma catequese financiada pelo Estado!”, aponta.
Ele lamenta que um momento que, teoricamente, foi feito para apresentar a diversidade religiosa acabe por reforçar o preconceito e criar estereótipos, como aconteceu com a jovem L. V. S.
Sobre o fato da Lei de Diretrizes e Bases da Educação “facultar” essas aulas ao aluno, Sottomaior ressalta que isso acaba gerando outros problemas na rotina escolar. “A LDB faculta as aulas, mas a verdade é que a maioria das escolas sequer tem estrutura para o básico! O aluno que, por algum motivo, não quiser assistir às aulas acaba sendo encaminhado à secretaria ou biblioteca, e fica sem fazer nada durante aquele período.”
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o Ensino Religioso é facultativo. O texto destaca que o conteúdo é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de Ensino Fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.
A intenção da LDB é impedir situações de imposição ou discriminação religiosa dentro das escolas o que, infelizmente, é mais comum do que se imagina. Um exemplo disso é o caso da jovem L. V. S., 13 anos. Ela faz o 8º ano em uma escola estadual de Aparecida de Goiânia.
A garota pertence ao Candomblé e já presenciou, dentro da instituição de ensino onde estuda, a ignorância e o preconceito religioso que ainda existe em toda a sociedade. Ela explica que, como parte de um ritual de iniciação, raspou a cabeça e passou a usar roupas brancas, colares de contas e outros adereços típicos de sua religião.
Uma das professoras do colégio questionou o visual da aluna e, apesar de sua justificativa, ela foi impiedosamente criticada pela educadora. “Ela disse que era o demônio que estava no meu corpo e começou a orar, colocando a mão na minha cabeça. Eu tentei explicar pra ela que ela não podia colocar a mão ali, que faz parte do ritual, mas ela não me ouviu, e ainda disse que ia levar meu nome para a sua igreja. Mas eu não quero nada disso. Eu só quero ser eu mesma”, lamenta a estudante.
Apesar de frequentar o terreiro de Candomblé desde pequena e de nunca esconder sua escolha, L. V. S. lida diariamente com a reação de surpresa das pessoas, especialmente quando elas ficam sabendo de sua opção religiosa. Deus limitado
A jovem conta que nas aulas de Ensino Religioso que tem na escola é comum os professores mostrarem o que é Deus, mas em uma visão bastante limitada. “Eles não citam nenhuma religião específica, mas é claro que a única visão de Deus que eles mostram é a do Cristianismo. Até porque a minha professora é evangélica, e ela quer mostrar o Deus dela”, diz.
E mesmo estando matriculada na escola há mais de cinco anos, L. V. S. conta que, em nenhum momento, pediram para ela falar sobre sua religião.
E o Candomblé, assim como outras religiões menos representativas, nunca foi citado pela professora durante as aulas. “Quase nunca falo da minha religião. Muitos não aceitam, fazem graça e distorcem tudo. Por isso nem tento explicar”, revela.
A história de L. V. S. não é um caso isolado. De acordo com Daniel Sottomaior, presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), as escolas hoje vivenciam uma supremacia do ensino religioso cristão. “O ensino religioso, da forma como é ministrado hoje, é uma aberração. Compete às famílias formar os filhos na crença da qual acreditam, e não o Estado”, critica.
Para ele, a facultatividade da disciplina é o mínimo que se pode fazer, mas o ideal era que a matéria nem existisse na grade curricular das escolas. Ele argumenta que o modelo adotado nas aulas é proselitista, o que exclui as demais crenças, como as de matrizes africanas, e também o ateísmo.
“Deveria se falar 'sobre' religião, mostrando os aspectos históricos de 'todas' elas e como surgiram. Ao contrário disso, o que vemos são os professores ensinando os alunos a rezarem uma missa. É uma catequese financiada pelo Estado!”, aponta.
Ele lamenta que um momento que, teoricamente, foi feito para apresentar a diversidade religiosa acabe por reforçar o preconceito e criar estereótipos, como aconteceu com a jovem L. V. S.
Sobre o fato da Lei de Diretrizes e Bases da Educação “facultar” essas aulas ao aluno, Sottomaior ressalta que isso acaba gerando outros problemas na rotina escolar. “A LDB faculta as aulas, mas a verdade é que a maioria das escolas sequer tem estrutura para o básico! O aluno que, por algum motivo, não quiser assistir às aulas acaba sendo encaminhado à secretaria ou biblioteca, e fica sem fazer nada durante aquele período.”
Professor “tapa-buraco”
Nas escolas da rede estadual, a disciplina de Ensino Religioso é obrigatória na segunda fase do Fundamental e no nível Médio, sendo que nas turmas da primeira fase é ministrada de forma transversal.
Em nota, a Secretaria de Educação do Estado (Seduc) informa que o “Ensino Religioso assume uma dimensão plural e abrangente, para além do aspecto doutrinário das religiões.”
Mas, na prática, não é bem isso que acontece, já que quem assume as aulas são professores das áreas de Humanas ou de Pedagogia, muitas vezes sem nenhum preparo para falar sobre o assunto. Na rede municipal de Goiânia, os Cmeis e escolas trabalham a matéria de forma espontânea.
Cada um tem a liberdade para incluir ou não o conteúdo em sua grade. De acordo com a coordenadora geral de Política Articulada de Educação da Paz (EPAZ) da SME, Genivalda Araújo Cravo dos Santos, há uma proposta de incluir a matéria esse ano no currículo de todas as unidades de ensino. Fenômeno religioso
Segundo ela, a ideia será discutida durante o 2º Seminário de Educação da Paz – Estudos, Pesquisas e Vivências, que acontecerá no dia 15 de maio.
Doutora em Ciências da Religião, Genivalda explica que a intenção do encontro é regulamentar a disciplina, sem que ela se se torne um culto catequético. “Embora facultativo, é um ensino previsto na LDB. Temos no município de Goiânia uma resolução de 2009 que determina que as aulas tratem do fenômeno religioso, analisando o contexto histórico e como as religiões interferem na cultura, na arte e no comportamento. É isso que queremos mostrar em sala de aula.”
Para ela, o Ensino Religioso é importante para a formação de uma criança, desde que acompanhado de preceitos filosóficos, éticos e históricos, reconhecendo sempre a diversidade existente. Até mesmo o ateísmo, que ela explica ser para a ciência uma forma de conexão com o sagrado, deve ser discutido em sala de aula.
Para que isso aconteça ainda é preciso enfrentar um sério problema: a formação dos professores. Genivalda reconhece que é difícil para muitos se desvincularem de crenças individuais e lamenta que, na maioria das vezes, o Ensino Religioso não seja valorizado nas escolas, sendo quase uma matéria “tapa-buraco” com professores escolhidos sem nenhum critério.
“Ainda temos muitas lacunas nas escolas. Muitos professores usam as aulas para pregar sua religião e conseguir adeptos, o que é horrível. Isso sem falar na reação negativa de muitos pais ao saberem que seus filhos estão tendo aulas sobre religiões diferentes das que eles seguem”, relata.
Em nota, a Secretaria de Educação do Estado (Seduc) informa que o “Ensino Religioso assume uma dimensão plural e abrangente, para além do aspecto doutrinário das religiões.”
Mas, na prática, não é bem isso que acontece, já que quem assume as aulas são professores das áreas de Humanas ou de Pedagogia, muitas vezes sem nenhum preparo para falar sobre o assunto. Na rede municipal de Goiânia, os Cmeis e escolas trabalham a matéria de forma espontânea.
Cada um tem a liberdade para incluir ou não o conteúdo em sua grade. De acordo com a coordenadora geral de Política Articulada de Educação da Paz (EPAZ) da SME, Genivalda Araújo Cravo dos Santos, há uma proposta de incluir a matéria esse ano no currículo de todas as unidades de ensino. Fenômeno religioso
Segundo ela, a ideia será discutida durante o 2º Seminário de Educação da Paz – Estudos, Pesquisas e Vivências, que acontecerá no dia 15 de maio.
Doutora em Ciências da Religião, Genivalda explica que a intenção do encontro é regulamentar a disciplina, sem que ela se se torne um culto catequético. “Embora facultativo, é um ensino previsto na LDB. Temos no município de Goiânia uma resolução de 2009 que determina que as aulas tratem do fenômeno religioso, analisando o contexto histórico e como as religiões interferem na cultura, na arte e no comportamento. É isso que queremos mostrar em sala de aula.”
Para ela, o Ensino Religioso é importante para a formação de uma criança, desde que acompanhado de preceitos filosóficos, éticos e históricos, reconhecendo sempre a diversidade existente. Até mesmo o ateísmo, que ela explica ser para a ciência uma forma de conexão com o sagrado, deve ser discutido em sala de aula.
Para que isso aconteça ainda é preciso enfrentar um sério problema: a formação dos professores. Genivalda reconhece que é difícil para muitos se desvincularem de crenças individuais e lamenta que, na maioria das vezes, o Ensino Religioso não seja valorizado nas escolas, sendo quase uma matéria “tapa-buraco” com professores escolhidos sem nenhum critério.
“Ainda temos muitas lacunas nas escolas. Muitos professores usam as aulas para pregar sua religião e conseguir adeptos, o que é horrível. Isso sem falar na reação negativa de muitos pais ao saberem que seus filhos estão tendo aulas sobre religiões diferentes das que eles seguem”, relata.
Preconceito e baixa autoestima
O presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), Daniel Sottomaior, aponta como principais resultados do Ensino Religioso deficiente o preconceito crescente com as religiões “não-oficiais” e também a perda de autonomia intelectual.
“Quando são menores, as crianças são facilmente manipuláveis e acabam se tornando um investimento futuro para as igrejas, que impõem suas crenças aguardando novos fieis. Quando os estudantes já estão maiores e tem senso crítico formado, acabam sentindo-se excluídos e podem reprimir sua opinião, o que é péssimo para a sua formação”, alerta.
A corretora de imóveis Aline Marques é mãe do pequeno Ricardo Filho, 8, e teme que isso aconteça com seu filho. “Ele tem receio de falar que é do Candomblé porque sente que as pessoas reagem diferente. Eu falo pra ele que isso é bullying, mas é difícil lidar com toda uma sociedade mal-informada. A cabeça dele acaba ficando muito confusa”, relata.
Ela frequenta um terreiro há cerca de oito anos e sempre leva os dois filhos. Aline conta que todas as vezes em que ia matricular os filhos em uma escola nova explicava a situação. Apesar de sempre escutar que “não havia nenhum problema”, certa vez a diretora de uma instituição pediu a ela que parasse de levar o filho para o terreiro, porque ele contava o que acontecia para os coleguinhas e isso estava “atrapalhando a formação religiosa dos demais.”
Aline mudou o filho de colégio e hoje ele e a irmã, Rháryna Sophya, 4, estão matriculados em uma escola kardecista. “Lá nunca tive nenhum problema”, garante. O desejo da corretora de imóveis era que as aulas de Ensino Religioso nas escolas abrangessem mais culturas e fossem menos confessionais.
Para ela, já é difícil lidar com o preconceito na sociedade e, se na escola fosse diferente, os avanços viriam em médio e longo prazos. “A Rháryna, ao contrário do Ricardo Filho, é super resolvida com sua religião. Quando eu fiz os trajes dela para os rituais, ela queria mostrar na escolinha. As pessoas dizem que ela é 'macumbeira', mas ela não entende isso como uma crítica, e adora! Ela fala o tempo todo: eu sou macumbeira!”.
Rháryna ainda é pequena para compreender o preconceito, mas o seu irmão, um pouco maior, mostra, ainda que sem palavras, que já sabe muito bem do que se trata. “Tenho vergonha de falar pros meus colegas”, afirma o menino, sem saber explicar direito os motivos.
“Quando são menores, as crianças são facilmente manipuláveis e acabam se tornando um investimento futuro para as igrejas, que impõem suas crenças aguardando novos fieis. Quando os estudantes já estão maiores e tem senso crítico formado, acabam sentindo-se excluídos e podem reprimir sua opinião, o que é péssimo para a sua formação”, alerta.
A corretora de imóveis Aline Marques é mãe do pequeno Ricardo Filho, 8, e teme que isso aconteça com seu filho. “Ele tem receio de falar que é do Candomblé porque sente que as pessoas reagem diferente. Eu falo pra ele que isso é bullying, mas é difícil lidar com toda uma sociedade mal-informada. A cabeça dele acaba ficando muito confusa”, relata.
Ela frequenta um terreiro há cerca de oito anos e sempre leva os dois filhos. Aline conta que todas as vezes em que ia matricular os filhos em uma escola nova explicava a situação. Apesar de sempre escutar que “não havia nenhum problema”, certa vez a diretora de uma instituição pediu a ela que parasse de levar o filho para o terreiro, porque ele contava o que acontecia para os coleguinhas e isso estava “atrapalhando a formação religiosa dos demais.”
Aline mudou o filho de colégio e hoje ele e a irmã, Rháryna Sophya, 4, estão matriculados em uma escola kardecista. “Lá nunca tive nenhum problema”, garante. O desejo da corretora de imóveis era que as aulas de Ensino Religioso nas escolas abrangessem mais culturas e fossem menos confessionais.
Para ela, já é difícil lidar com o preconceito na sociedade e, se na escola fosse diferente, os avanços viriam em médio e longo prazos. “A Rháryna, ao contrário do Ricardo Filho, é super resolvida com sua religião. Quando eu fiz os trajes dela para os rituais, ela queria mostrar na escolinha. As pessoas dizem que ela é 'macumbeira', mas ela não entende isso como uma crítica, e adora! Ela fala o tempo todo: eu sou macumbeira!”.
Rháryna ainda é pequena para compreender o preconceito, mas o seu irmão, um pouco maior, mostra, ainda que sem palavras, que já sabe muito bem do que se trata. “Tenho vergonha de falar pros meus colegas”, afirma o menino, sem saber explicar direito os motivos.
Curso de formação
A coordenadora geral de Política Articulada de Educação da Paz (EPAZ) da SME, Genivalda Cravo adianta que durante o 2º Seminário de Educação da Paz – Estudos, Pesquisas e Vivências será formado um grupo de trabalho que irá apresentar a proposta de criação de um curso de formação em Ensino Religioso para os educadores da rede municipal de Goiânia.
Enquanto isso não acontece, ela acredita que é possível ensinar sobre religiões de forma isenta e didática. “Independente da minha fé, tenho que respeitar a fé do outro. Pertencemos a um estado laico e se o educador compreender isso, conseguirá repensar sua prática e acolher o outro”, argumenta.
Na opinião da coordenadora é somente através da educação que será possível lutar contra a intolerância religiosa, causa de tantas guerras e conflitos.
Enquanto isso não acontece, ela acredita que é possível ensinar sobre religiões de forma isenta e didática. “Independente da minha fé, tenho que respeitar a fé do outro. Pertencemos a um estado laico e se o educador compreender isso, conseguirá repensar sua prática e acolher o outro”, argumenta.
Na opinião da coordenadora é somente através da educação que será possível lutar contra a intolerância religiosa, causa de tantas guerras e conflitos.
Extraído de: http://tribunadoplanalto.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=16461:ensino-religioso-perpetua-preconceitos&catid=60:escola&Itemid=8
Minha opinião sobre o case é a de que o assunto religião ainda está longe de ser um tema pacífico de se tratar na escola, pois querendo ou não temos uma hegemonia cristã católica e protestante entre os alunos, e por mais que as crianças estejam dispostas a aprender sobre diferenças e sobre como todas as religiões merecem respeito os pais são o grande obstáculo, pois encaram a diferença como ameaça, e pressionam a escola para que a mesma adote um padrão cristão, mesmo que nesta escola tenham judeus, muçulmanos, umbandistas, kardecistas e praticantes de outras religiões.
A escola como um ambiente inclusivo deve celebrar a diversidade e não enfatizar a exclusividade. Deve partir dos educadores a abertura de diálogo, até mesmo com os responsáveis sobre que mundo estamos criando se instigarmos a intolerância religiosa, social, racial, sexual e demais intolerâncias.
A educação religiosa só será uma arma eficaz na luta contra a intolerância se todas as religiões tiverem seu espaço, e todos puderem participar da construção dos temas abordados, se a educação religiosa servir apenas para promulgar o dogma de uma religião hegemônica estaremos condenados a perpetuar o quadro que conhecemos atualmente, e dificilmente veremos um diálogo verdadeiro acontecer na sociedade.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
O Príncipe, de Maquiavel
Resenha
O Príncipe é um livro de Maquiavel a um governante, e tem por finalidade ensinar como chegar e como manter o poder, nesse livro se expressa a noção de estado como conhecemos pela primeira vez, Maquiavel é chamado de o pai da ciência política moderna.
Maquiavel prima pela eficiência, seus conselhos são práticos, do tipo ponha a mão na massa e faça acontecer, Maquiavel não perde tempo com meias palavras e nem se importa de ser politicamente correto, contanto que consiga transmitir seu conselho e que seu conselho sirva para alcançar o objetivo proposto.
Maquiavel ao tratar de um novo governo ele diz que esse é mais difícil que manter um governo antigo, pois o povo já estava acostumado com o antigo governo, e seu conselho é conservador, manda evitar a transgressão dos costumes dos povos, pois se os costumes permanecem o povo tende a esquecer a mudança de governo e tudo corre bem.
Maquiavel ao tratar de uma conquista de um território da mesma região, língua e costumes aconselha um ato nada politicamente correto que é aniquilar a linhagem antiga dos soberanos, para evitar que eles estando vivos conduzão seus simpatizantes à retomada do território. Maquiavel mostra que não se importa com o que se faça para manter o poder, desde que o poder seja mantido.
Maquiavel diz que se uma província de costumes e língua diferentes for conquistada é por bem que o monarca se mude para ela para que o novo povo se sinta agraciado com a presença do monarca, ou seja, conquista pelo mimo e pelo paparico. Porém ele vai mais longe, diz que é preciso trata-los bem, ou então aniquila-los, pois ainda que se vinguem de pequenas injúrias não se vingarão de graves agressões. Ou seja, por medo de vingança aja na frente, seja mais rápido.
Maquiavel diz que um príncipe que governa com barões deve esperar que alguns queiram inovar, e que isso abre caminho para um invasor,e nesse caso deverá aniquilar os nobres revolucionários.
Ao se dominar um Estado acostumado com a liberdade, e com suas próprias leis, Maquiavel mostra três formas e mantê-lo: primeira, arruinando-o; segunda, habitando-o (ver Capítulo III); terceira, permitindo-lhe que viva seguindo suas próprias leis, pondo-lhe tributos e pondo ali um governo de poucas pessoas que sejam mantidas amigas.
Esses ensinamentos de Maquiavel nos mostram que o Príncipe , sempre mais que tudo, deve manter o povo, diríamos talvez que, inconsciente , enganados com a situação de que tudo está bem e de que o Príncipe é bom; quando não se pode dar essas impressões ao povo segundo Maquiavel deve-se aniquilá-lo para que o poderio do monarca continue, pois caso o contrário, o povo se revoltará, derrubando o monarca.
Assim o monarca deve sempre procurar estar bem com o povo, pois este último tendo consciência ou não, é sempre a força maior; apesar de sempre ser a classe inferior. O que seria de um reino sem povo? Quem pagaria os tributos? Quem trabalharia pra sustentar os luxos do Príncipe? Quem seria governado? O Príncipe só é Príncipe quando tem quem governar.
Maquiavel diz que os que chegaram ao poder seguiram passos trilhados por outros, e praticas usadas por outros, e que usar as práticas bem sucedidas evita a perda de poder, e que inovações são perigosas e podem por tudo a perder caso não seja bem aceita. Instituir uma nova ordem é perigoso, cria inimigos com os beneficiários da antiga ordem.
Maquiavel diz que a natureza dos povos é lábil: é fácil persuadi-los de uma coisa, mais é difícil que mantenham sua opinião. E que convém ordenar tudo de modo que, quando não mais acreditarem, se lhes possa fazer crer pela força. Quem com suas próprias armas consegue algo, valoriza mais do quem conquista com armas alheias.
Quem chega ao poder em troca de dinheiro ou pela graça alheia, com muita dificuldade manter-se-á no poder. Só com muito engenho e valor poderá se manter. Chegar ao poder dessa forma, é chegar despreparado, sem raízes; quem não cuidar de procurar se estabilizar, valorizar, tornar-se astuto, perderá o Estado. Ou no caso se é possível prever, se deve suprir essas carências bem antes.
O Príncipe deve sempre agir pensando no povo, pois na verdade é o povo quem detêm o poder e a força. Com um monarca cruel, o povo se torna amedrontado e injuriado, acabando por se reunir e destruir seu poderio. Porém quando os benefícios vêm, o povo se sente feliz e quer bem o monarca, o que diminui consideravelmente a possibilidade de conspiração.
Na visão de Maquiavel, governo civil é governo em que o cidadão se torna soberano pelo favor de seus concidadãos.
A dificuldade é maior de manter-se no poder o Príncipe que chegou ao poder através da aristocracia do que o que chegou através do povo, pois a aristocracia se considera igual ao monarca, sendo que o soberano não pode assim dirigi-los ou ordenar em tudo que lhe apraz.
A aristocracia quer oprimir; e o povo apenas não quer ser oprimido. Quem chegar ao poder deve sempre manter a estima do povo, isso será conseguido o protegendo. O povo é quem está com o Príncipe na adversidade, quem o povo está com ele, é difícil derrubá-lo do poder.
Todos os Príncipes devem preferir ser considerados clementes, e não cruéis. Porém deve se saber usar essa clemência. Quando o objetivo é manter o povo unido e leal, o Príncipe não deve se importar em ser tido por cruel; os Príncipes novos no poder não podem fugir da reputação de cruel, pois estes estados são os mais perigosos.
Seria bom que o Príncipe fosse ao mesmo tempo amada e temido, mas como essa junção é difícil, é preferível que seja temido. Temido de forma que, se não é possível conseguir o amor de seus súditos, se evite o ódio; o que é conseguido não atentando contra as mulheres e os bens dos súditos e cidadãos. Se for necessário que o Príncipe decrete a execução alguém, que este dê um bom motivo.
Quando o Príncipe está à frente do exército deve manter a fama de cruel, ou caso o contrario, o monarca não conseguirá comandar com êxito. O amar vem de acordo com cada homem, mas o temor lhes é imposto; sendo assim o Príncipe deve fazer o uso do que lhe tem nas mãos, e não no que depende da vontade alheia.
É esperado de um Príncipe que mantenha sua palavra empenhada, e viver com integridade e não com astúcia. Todavia nem sempre o Príncipe pode agir com boa-fé, principalmente quando é necessário para isso ele ir contra os próprios interesses e quando os motivos para que mantenha a palavra não existam mais.
Pode-se lutar de duas formas: pela lei e pela força. Sendo a primeira própria dos homens; a segunda própria dos animais. Contudo uma não é duradoura sem a outra. Quando se é necessário que o Príncipe aja como um animal, deve saber agir como o leão e a raposa; o leão para afugentar os lobos e a raposa para fugir das armadilhas. O que importa para um Príncipe é a aparência que passa para os seus subordinados, muitas vezes sendo o contrário do que pensa o povo, mas conseguindo esconder o que se é de verdade.
Os Príncipes devem tomar o cuidado que suas decisões sejam irrevogáveis, e que as sustente de tal forma que a ninguém ocorra enganá-lo ou deslocá-lo. Os Príncipes sábios tentam sempre não aborrecer os grandes e agradar o povo. Pode-se fazer isso deixando reservado aos grandes as tarefas como os julgamentos isso pra eles é estima, todavia o monarca deve ele mesmo fazer os favores. O Príncipe deve sempre tomar cuidado para não injuriar alguém de cujos serviços se utilize.
Sempre o que conta para o Príncipe é o que seus súditos sentem por ele; se o povo sente ódio ou desprezo, e ainda por cima, não o temem, o Estado será perdido facilmente.
domingo, 2 de junho de 2013
Autoridade, Poder e Delegação
(José
Alencar Lisboa)
Resenha
A
autoridade apesar de ser muito usada é pouco compreendida, ela é semelhante ao
sistema nervoso do corpo humano, é como o cérebro, sem ele o corpo não
funciona, igualmente uma organização não funciona sem autoridade. A autoridade
é comandar os outros para alcançar certos objetivos, ela resulta das
atribuições de um cargo na estrutura organizacional.
Existem
basicamente duas visões de autoridade, a teoria formal e a teoria da aceitação,
ambas contraditórias.
A
visão da autoridade formal se encaixa nos padrões de estrutura organizacional,
pois é conferida por alguém que sua vez recebeu de outrem, e assim até chegar
aos donos ou sócios da organização.
A
visão de autoridade por aceitação define que alguém tem autoridade quando é
aceito pelo grupo, ou seja, se uma diretiva é aceita por alguém a autoridade de
quem transmitiu também é aceita, e se houver contestação ou negação de realizar
o que foi outorgado essa autoridade não é aceita.
Além
da autoridade também é preciso poder, que é a capacidade de influenciar
indivíduos, grupos, decisões ou eventos. E a autoridade nem sempre é
proporcional à autoridade, podendo ser em maior ou menor grau.
O
poder não é um mal nem pode ser visto como tal, pois ele é essencial para a
consecução e realização eficaz das metas individuais, organizacionais e
sociais.
Amitai
Etzione notou que um líder pode influenciar o comportamento pelo poder do
cargo, poder pessoal ou combinação de ambos.
O
poder do cargo deriva da autoridade formal do cargo organizacional e depende da
autoridade da posição, o poder pessoal vem pela extensão de respeito e
admiração dos liderados.
Podemos
destacar algumas fontes de poder como: legítimo; coercivo; de recompensa; de
controle de informação; técnico e carismático.
A
melhor maneira de expandir um poder é partilha-lo, embora muitos tenham medo de
assim o fazer e perderem a autoridade ou dividirem a liderança que possuem.
Um
gerente que é motivado pelo poder motiva seus funcionário, e o que é
extremamente autoritário tende a desestimular seu pessoal.
Uma
organização que quer crescer tem que descentralizar o poder, pois dá maior
autonomia para seus gerentes agirem e dinamiza a empresa. Um poder centralizado
é pouco ágil e só cabe ao modelo antigo de empresa que atuam dentro de um
padrão limitado de visão e crescimento.
Se
a linha de produtos ou serviços for ampla, maior é a tendência à
descentralização, e o inverso é verdadeiro, quanto menos produtos ou serviços
uma empresa oferece, maior é a centralização.
Rio
de Janeiro, 15 de Maio de 2013.
RH e o contexto Atual do Mundo dos Negócios
(Paulo
Henrique Bolgar)
Resenha
O mundo dos negócios é
marcado por aceleradas, complexas e significativas mudanças em todas as
dimensões do ambiente humano-social, político, religioso, cultural, econômico, entre
outras. E a velocidade destas mudanças impacta profundamente a sociedade como
um todo, inclusive a gestão empresarial. Maior ainda é o impacto no mundo dos
negócios, sendo destacados:
Globalização e
Competição: A globalização traz acirrada competição à nível global, impondo
regras próprias, como transformar produtos e serviços em commodities, assim
como preços globais e atuação e capacidade em nível mundial, atendimento ágil e
tecnologia. Tem-se o desafio de criar
capacidades organizacionais globais e movimentar talentos, ideias e informação
global, com produtos e serviços competitivos, diversificados e muitas vezes
específicos.
Novas demandas do
cliente: O cliente está mais exigente, quer produtos e serviços diversificados,
com qualidade e bom preço, além de ter mais consciência de seus direitos e
estarem cobrando mais. O foco principal passa a ser o cliente nas organizações
de alta performance e visão.
Tecnologia e Inovação: A tecnologia se inova de modo assustador, diminuindo o ciclo de desenvolvimento e lançamento de novos produtos. Mudam vetores ambientais e ciclo de vida de produtos e serviços afetando o desenvolvimento humano. A sociedade é alavancada com a tecnologia e paradigmas são quebrados. A tecnologia tornou o mundo menor, mais próximo e mais veloz. O trabalho está sendo mudado com as novas tecnologias, pode-se trabalhar em lugares diversos, porém sempre conectados à empresa pela telecomunicação.
Tecnologia e Inovação: A tecnologia se inova de modo assustador, diminuindo o ciclo de desenvolvimento e lançamento de novos produtos. Mudam vetores ambientais e ciclo de vida de produtos e serviços afetando o desenvolvimento humano. A sociedade é alavancada com a tecnologia e paradigmas são quebrados. A tecnologia tornou o mundo menor, mais próximo e mais veloz. O trabalho está sendo mudado com as novas tecnologias, pode-se trabalhar em lugares diversos, porém sempre conectados à empresa pela telecomunicação.
Conhecimento e Capital
Intelectual: O capital intelectual é o ativo mais valioso de uma organização. O
valor agregado de uma empresa pelo conhecimento de seus funcionários ou seus
sistemas de informação traz competitividade e diferencial.
Empregos e Relações de
Trabalho: A definição de emprego está sendo questionada, pois surgem novos
modelos e estruturas de organização, como redes de empresa, empresas virtuais,
terceirização, etc. O desemprego global e falta de preparo tecnológico e
educacional por pessoas eleva o aumento de atividades informais e
autônomas. Tais trabalhadores informais
ou autônomos mudam as relações de trabalho, pois não gozam dos direitos
trabalhistas.
Reestruturação
Industrial e Tecnologia de Gestão Organizacional: As empresas buscam serem mais
competitivas devido às mudanças de ambiente, e adotam reestruturações
organizacionais e implementam ferramentas e tecnologias de gestão tais como
programas de redução e enxugamento de estruturas e níveis hierárquicos, entre
outros.
Esse cenário traz
profundas e bruscas mudanças externas e internas nas empresas, fazendo com que
se busquem novas alternativas e oportunidades de negócios. Essa competição
torna o fator humano o diferencial de competição e sucesso no mercado, seja na
forma de capital intelectual, tecnologia, prestação de serviços ou outros, que
tem origem e fundamentos de pessoas.
Rio de Janeiro, 15 de
Maio de 2013.
Cultura, Mudanças e Desenvolvimento Organizacional
(Baseado
em: Wagner, J. A. & Hollenbeck, J. R., Comportamento Organizacional:
Criando vantagem competitiva. Cap. 13. São Paulo: Saraiva, 2002)
Resenha
Em
uma organização fatores como cultura, mudança e desenvolvimento organizacionais
afetam e refletem questões de poder, estrutura e desenho organizacional.
A
cultura é um padrão de suposições básicas, ensinadas como as forma correta de
os membros perceberem, pensarem e sentirem os problemas da empresa. Porém há
também regras, procedimentos e interligações não oficiais, introduzidas de
maneira espontâneas pelos membros.
A
cultura organizacional é composta de elementos, a saber: Cerimônias; Ritos;
Rituais; Histórias; Mitos; Heróis; Símbolos; e Linguagem. Tais elementos
ilustram de forma pedagógica as ideias, normas, metas, ações, propósitos,
valores e visão da empresa.
Toda
essa cultura informal e não oficial vem de normas e valores culturais, que os
gerentes tentam influenciar e manipular para comunicar os valores e normas da
empresa.
Desenvolvimento
organizacional é planejar, implementar e estabilizar resultados de uma mudança
organizacional, é desenvolver e avaliar intervenções específicas ou técnicas de
mudança.
Toda
mudança traz resistência, pois soa como ameaça à maneira estabelecida de fazer
as coisas, e essa resistência só é superada mediante educação, comunicação,
participação, envolvimento, apoio, e até mesmo barganha, persuasão oculta e
coerção, entre outros métodos.
A Pesquisa-Ação é importante para avaliar e desenvolver procedimentos originais e
inovadores, abrangendo sete etapas, a saber: Identificação de problemas;
Consulta; Coleta de dados e diagnóstico provisório; Feedback para a
organização-cliente; Diagnóstico conjunto e planejamento da ação; Ação e Coleta
de dados e avaliação pós-ação.
Para
alcançar a profundidade de uma intervenção de DO existem quatro tipos de
intervenções, sendo elas: Interpessoais, Grupais, Intergrupais e
organizacionais. Tais intervenções são aplicadas de acordo com a profundidade
que se exige da intervenção. Cada qual tem a função de lidar com as pessoas e
suas inter-relações de trabalho, com a equipe, com a motivação e com o
feedback.
O
planejamento de sistemas abertos ajuda a conceber maneiras de se realizar a
missão de sua empresa à luz das demandas e restrições de grupos de clientela no
ambiente da organização, e consiste em cinco passos: Identificar a missão ou
propósito central; Identificar grupos e clientela importantes; Planejar o “é” e
o “deve ser”; Analisar respostas atuais aos grupos de clientelas; Planejamento
da ação.
O
Planejamento de sistemas aberto ao contrário das demais ações de DO, dá atenção
primordial aos fatores externos à organização que podem influenciar o
desempenho organizacional.
Rio
de Janeiro, 10 de Maio de 2013
Rodrigo
Alves Faddoul
Cultura e Mudança Organizacional: Em busca da compreensão sobre o dilema das organizações
(Carmen
Diva B. Monteiro, Elvira Cruvinel Ventura e patrícia Nassif da Cruz)
As
empresas são compostas basicamente de pessoas, e essas pessoas ao entrarem para
a organização absorvem a visão e modo de ser da empresa, que começa com seu
fundador, e passa pela história da mesma, incluindo suas vitórias e fracassos.
Conhecer o modo de ser de uma empresa e agir de acordo com ele é saudável, mas
tem que se tomar cuidado para que essa visão não engesse o pessoal da empresa,
fazendo com que se acomodem e percam a visão de empreendedorismo.
Uma
empresa que se acomoda passa a achar que o pequeno nicho do qual faz parte é o
suficiente e não busca algo maior, pois a pequenez não demanda esforço. E a
chefia tampouco pode se dar ao luxo de estagnar, pois a gerência é o espelho
dos funcionários. Uma chefia estagnada demonstra uma empresa que perdeu a
capacidade de ver o que se passa ao redor, vivendo da história, do que outrora
foi a empresa.
Quando
aparece um funcionário com a visão empreendedora ele pode ser aceito como um
novo talento, mas também pode ser execrado pelos seus pares, pois não querem
sair do ostracismo cômodo em que estão. A liderança que não souber aproveitar o
talento de visionários tende a perde-los para a comunidade empresarial dinâmica
que não compartilha da visão apequenada de sua empresa.
Um
empreendedor não se conforma com sua visão ser ignorada, pois tem o caráter de
um líder que busca algo maior, que não quer viver num pequeno lago, mas sim num
grande oceano, aonde sua visão será compartilhada e aproveitada.
Uma
empresa não precisa abrir mão do seu passado para viver o novo, basta apenas saber
que embora chegar a uma visão de maior dimensão demande esforço e tenha
obstáculos, o mundo se abre numa infinidade de possibilidades a ser exploradas.
Tal
qual um messias assim é o visionário empreendedor, que chega para abrir as
grades que seguram o jorrar de novas ideias, trazendo a visão global de mundo
empresarial, e renova amplia os horizontes de atuação, evitando que o pequeno e
plácido lago da empresa acomodada se extinga em si mesma, morrendo pela própria
falta de visão e atitude empreendedora.
Rio
de Janeiro, 13 de Maio de 2013
Rodrigo
Alves Faddoul
Assinar:
Postagens (Atom)